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Bárbara Fontinele

Bárbara Christina Fontinele é jornalista e produziu um documentário independente intitulado "Nos bastidores da crise aérea brasileira", que aborda a Crise do Transporte Aéreo no Brasil (2006/2007) sob a perspectiva do controle de tráfego aéreo brasileiro.
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Agenda extraoficial

Imagem ilustrativa criada a partir de IA

Estava inscrita num torneio de tênis quando surgiu a oportunidade de um freelance. Jornalista não descansa nem mesmo no final de semana, muito menos em véspera de campanha eleitoral. Os políticos correm contra o tempo para realizar visitas e discursar em diferentes eventos para conquistar votos. Os assessores de imprensa os perseguem como baratas tontas para acompanhar as agendas frenéticas.

Uma das minhas cenas preferidas de Borgen, uma série de ficção dinamarquesa, que retrata o cenário político da primeira-ministra, é o diálogo entre o personagem Svend Åge Saltum, um político de longa data, e o jornalista, Kasper Juul:

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Sacrifício

Imagem ilustrativa criada a partir de IA

Na época da escola, o smartphone principal não era o iPhone. O BlackBerry estava em ascensão e era o vício de executivos e estudantes. Em 2010, já não trocávamos mensagens, via torpedos (SMS), e ainda não havia o WhatsApp. Utilizávamos o BBM, o mensageiro instantâneo gratuito do BlackBerry.

Naquele tempo, um dos meus melhores amigos, filho de uma figura pública da capital da república, contava-me seus segredos mais íntimos pelo BBM. Eram segredos de um menino sofrido; apesar de sempre estar sorrindo, ele tinha o coração dilacerado pela escolha de seu pai, que optara por deixar a família para viver em outro relacionamento.

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Crime e impunidade

Imagem ilustrativa criada por IA

Se há cerca de uma década, para provar a prática de um crime de corrupção, era necessário instalar uma câmera escondida para expor o esquema com imagens, caracterizadas como provas absolutas e irrefutáveis, como atualmente, com tanta tecnologia disponível, esse tipo de vídeo está cada vez mais escasso?

Com a evolução tecnológica, que possibilita a instalação de câmeras ínfimas com resolução inversamente proporcional ao seu tamanho, não deveríamos ter mais acesso a essas provas visuais? Será que os criminosos ficaram mais sagazes ou, como sugeriu a facilitadora de um dos maiores esquemas de corrupção do Brasil, Nelma Kodama, que estrelou o documentário “Doleira”, o cleaner dos dias atuais é o hacker da TI?

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GDF estabelece meta mínima de 1.050 veículos apreendidos por mês

Foto: Agência Brasil

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do DER-DF, firmou contrato de concessão que estipula uma meta mínima de 1.050 veículos apreendidos por mês. Este número poderá elevar o total de apreensões de carros no DF.

A remoção, guarda e leilão dos veículos serão de responsabilidade do DER-DF, Detran e outros órgãos conveniados.

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O pirata e o advogado

Imagem ilustrativa criada a partir de IA

Não sei se o leitor conhece a história do pirata inglês, Thomas Cavendish. Viveu e morreu no século XVI. Foi um herdeiro endinheirado e perdulário, que perdeu, antes dos 30 anos, quase toda a sua fortuna. Decidido a recuperá-la, tornou-se pirata, com as bençãos da rainha Elizabeth I da Inglaterra, cuja estratégia era erodir, por meio da pirataria, o duopólio ibérico dos mares, estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela, nos estertores do século XV.

Cavendish circunavegou o globo, numa bem-sucedida viagem de pilhagens. Na sua segunda expedição, em 1591, cruzou o Estreito de Magalhães e retornou até a costa brasileira para saquear as cidades de Santos e São Vicente. O corsário inglês sofreu, então, uma refrega em Vitória, onde perdeu parte de sua tripulação (morta, ferida ou abandonada) e parte dos espólios da excursão. Saiu fugido e morreu no oceano, de causas desconhecidas. Conta a lenda que seu tesouro ainda se encontra enterrado em algum lugar na área da Baía de Castelhanos, em Ilhabela, no litoral paulista.

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A divorciada

Imagem ilustrativa criada a partir de IA

Enquanto assistia a um clássico da HBO, “Sex and The City”, não demorou muito para perceber que Charlotte sofre do transtorno de personalidade borderline. Essa constatação torna-se ainda mais clara a partir do quinto episódio da quinta temporada, quando ela se apaixona pelo advogado que cuida de seu divórcio. Charlotte encanta-se por um homem que nunca se encaixou em seus padrões, mas de repente, ela muda de ideia e passa a romantizar os defeitos dele, pois até então, ele conseguia atender a uma necessidade que os outros homens não conseguiam: dar-lhe atenção. Inicialmente, Charlotte sente vergonha de ser vista em público com o novo namorado, mas esforça-se, e gradualmente, abandona seus padrões. Ela até cogita deixar de ser anglicana para se tornar judia, após seu namorado mencionar que prometeu à sua falecida mãe que se casaria com uma.

Charlotte converte-se e prepara seu primeiro jantar judaico, mas percebe que seu namorado prefere assistir à televisão ao invés de prestar atenção na oração que ela decorou com tanto esmero, juntamente com todos os pratos que aprendeu a cozinhar. “Deixei Cristo por você!” Explode Charlotte e complementa: Quando será que você vai me propor? Assustado com a reação dela, ele termina o relacionamento, e Charlotte termina sozinha, e judaica.

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Deputado disputado

Foto: Divulgação

Na última sexta-feira, quatro mulheres reuniram-se no B Hotel, onde tomaram Negroni e degustaram “My Father Cigars” para discutir animadamente algo em comum: o amor platônico a um parlamentar, a quem chamaremos de “Tarik”.

Tarik tem trinta e cinco anos, um metro e oitenta de altura e cabelos quase totalmente grisalhos. Não há nada de notável em sua aparência, exceto por uma tendência, que surgiu há alguns anos, de vestir ternos Ricardo Almeida azul-marinho, combinados com seu sorriso cativante. Ele é conhecido por ser pontual e objetivo nas sessões ordinárias e por manter uma agenda bastante ativa nas ruas, mesmo longe do período eleitoral. Ele cresceu na cidade do poder, mas além das conquistas econômicas e políticas que permeiam o seu dicionário, não há dúvidas de que conquistou o poder de sedução, movido pelo charme de um solteirão.

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A esposa do diplomata

Em uma quarta-feira à noite, o desejo repentino de degustar comida síria levou-me ao Tarbush, um dos meus restaurantes preferidos de Brasília. Noah, meu golden retriever, acompanhava-me, como sempre. Após o jantar, ao levantar-me e passar por um estreito corredor, um casal simpático abordou-me, pedindo permissão para acariciar o meu peludo dourado. Logo percebi que não eram brasileiros e, por curiosidade, perguntei de onde vinham. Russos, responderam. O marido, um diplomata de 32 anos, estava em sua primeira missão de cinco anos no exterior. A esposa, de 29, acompanhava-o. Quando nos conhecemos, eles ainda tinham mais um ano pela frente no país tropical.

Quando perguntei se gostavam de morar na capital federal, ambos responderam com entusiasmo que Brasília é uma cidade, cujo desejo de habitar não tem prazo de validade. Entendo o porquê: a qualidade de vida nessa pequena urbe é, de fato, diferenciada.

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Sob o véu do poder

Imagem ilustrativa criada a partir de IA

É sábado à noite, em uma luxuosa casa de festa com vista para a ponte Juscelino Kubitscheck, na capital federal. Lá fora, o ar está frio, enquanto dentro do salão, o som da música árabe começa a esquentar o ambiente do casamento. Chego ao toilette e cruzo com uma colega das antigas.

Encontramo-nos diante do espelho, ambas retocando a maquiagem. Ela casou-se com o namorado de longa data, um relacionamento que durou quase uma década antes de chegar ao altar. Ela fez carreira nesse relacionamento, espelhando-se na esposa de seu cunhado, que ostenta viagens em avião particular e vive confortavelmente sem precisar trabalhar. Mas o destino não lhe reservou a instantânea felicidade.

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Empada com azeitona

Imagem ilustrativa criada a partir IA

Será por que a empada sem azeitona não tem graça? Provavelmente, porque não tem o efeito final que traduz o esperado sabor, deixado para o grand finale.

Comer e beber de graça tende a ser mais saboroso, especialmente para quem tem fome e sede de poder.
Um calote dado em uma festa de aniversário conjunta protagonizada por duas personagens, ditas “amigas inseparáveis”, uma advogada militante de tribunais superiores e uma magistrada federal teve um final nada convencional para o padrão de pessoas de alta graduação social.