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Thiago Turbay

Thiago Turbay é advogado criminal, poeta, doutorando em filosofia do Direito pela Universidad de Girona (UdG/Espanha), mestre em Raciocínio Probatório pela Universidad de Girona (ES) e pela Universitat Degli Studi di Genova (IT), mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), especialista em Técnicas de Interpretación y Motivación de las Decisiones Judiciales pela UdG, especialista em Derecho Probatório pela Universidad Alberto Hurtado (CHL).
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8 de janeiro de 2023…estão por aqui

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A memoria é dispositivo fundamental de ativação concêntrica de coisas essenciais. Não só por que restabelece um vínculo com os fatos ocorridos, mas permite revisita-los com novos aparatos de análise, descobertas e dados inferidos racionalmente.

Não há razões para crermos que não há ameaça atual, que paira hoje, refletindo um desajuste permanente nas nossas relações cotidianas e a maneira como interagimos com as instituições.

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Eles, ainda estão aqui!

Vivenciar Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é um compromisso nacional. Creio que as lições relevantes a serem tomadas, para além do gozo estético, é que o terror não é necessariamente claro. Ele se desenvolve com algumas sutilezas, até que o normalizemos, quando ele passa a ser tolerado. Uma vez assim, toma sua forma plena e audaz.

A vida e desaparecimento de Rubens Paiva foi o sumiço das alegrias. Interrompido pela atrocidade peculiar dos terroristas e sanguinários, das ditaduras e do militarismo. Há aspectos que pulsam a realidade. Uma convocação administrativa para averiguação de fatos não justificada, a invasão de um lar e apossamento dos bens privados, sem justificação, vidas e sonhos. A aniquilação das famílias, de maneira a sequestrar suas subjetividades. Valida-se o cinismo como método de averiguação da realidade, a manipulação de haveres e fatos. O castigo físico e psicológico como meio de distração e morbidez. Não pode gostar da Tropicália! Não pode gostar de gente! Não pode guardar coisas em gavetas! Não se pode ser marido, pai e casa! Tudo ronda, naturalmente, o cotidiano atual.

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Falar de flores, eu tive

Imagem ilustrativa criada a partir de IA

A reinstalação, ou reestreia, em 30 de agosto, da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), no âmbito do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), versão remasterizada, pós-encontro incasual com o período fundamentalista que atravessou e cravou as garras na democracia brasileira, no último quadriênio eleitoral, refresca os ares e promove nova ambiência política, inspirada nos pactos civilizatórios globais, que expressam respeito e responsabilidade com os direitos humanos.

Silvio Almeida, que está à frente do MDHC, é brisa esperançada de um país em reconstrução, altivo e gigante. É uma esperança atual, alça de segurança para um futuro de desenvolvimento e respeito ancestral. É algo como um apito, que afugenta os cães raivosos. Está no sentido contrário da nossa aspereza democrática, ainda açodada e submetida à iminente risco.

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O pensar crítico x Black Friday do pensamento

Imagem ilustrativa criada a partir de IA

A experiência audaz que valoriza os juízos intuitivos ante os métodos racionalizados de julgamento e produção de dados acerca da realidade percebida romperam a boa fama do pensamento crítico estruturado, condicionado às profundas testagens das razões que sustentam o raciocínio empreendido, que faz uso da lógica, da epistemologia, dos conhecimentos científicos acreditados, da sociologia, da filosofia, das ciências naturais, das experiências consolidadas; todos, aptos à produção de crenças justificadas.

Agora, qualquer coisa aparenta conter razões adequadas, o que permite formular juízos absolutamente desligados dos conceitos essenciais que versam sobre o objeto avaliado. Qualquer sandice ganha status de verossímil.