O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (28) que espera uma desvalorização do dólar em breve, mesmo sem cortes significativos nos juros dos EUA. Para ele, tarifas não resolverão o desequilíbrio comercial norte-americano.
Haddad destacou que uma queda na moeda americana pode aliviar a pressão sobre o Banco Central brasileiro e contribuir para a acomodação da economia nacional. Atualmente, o dólar está cotado a R$ 5,76.
A Cargill espera um aumento no volume de grãos comercializados no Brasil em 2025, após uma queda em 2024. A previsão positiva é impulsionada pela colheita recorde de soja e pelo clima favorável para a segunda safra de milho, segundo o presidente da companhia no Brasil, Paulo Sousa.
Em 2024, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 1,7 bilhão, mas a expectativa é de recuperação com volumes de até 51 milhões de toneladas, superando a marca de 2023.
Autoridades chinesas tentaram minimizar os impactos das tarifas dos EUA nesta segunda-feira (28), apesar de analistas alertarem sobre o risco de desaceleração econômica. Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, afirmou estar “totalmente confiante”.
Zhao também garantiu que, independentemente da situação internacional, a China se manterá focada em suas metas de desenvolvimento. A guerra comercial com os EUA, no entanto, continua a preocupar analistas.
O Banco Central divulgou que analistas mantiveram suas previsões para a inflação, crescimento do PIB e taxa de juros, conforme a pesquisa Focus de 28 de abril de 2025. A projeção para a inflação em 2025 foi ajustada de 5,57% para 5,55%.
O PIB brasileiro segue estimado com crescimento de 2,00% neste ano, e a Selic é projetada para terminar 2025 em 15%. Para 2026, as previsões de inflação e crescimento ficaram em 4,51% e 1,70%, respectivamente.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manteve-se estável em abril, com 101,7 pontos, sem ajustes sazonais. Contudo, o índice apresentou queda de 8,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.
A queda foi Impulsionada pela condições atuais da economia, que registraram uma redução de 24,8%, aponta a confederação. Apesar de um leve aumento em componentes como condições gerais (0,8%) e intenções de investimento (0,1%), a cautela do empresariado se mantém.
O Investimento Direto no País (IDP) registrou ingresso líquido de US$ 6 bilhões em março de 2025, abaixo dos US$ 10,2 bilhões de março de 2024.
Os aportes foram divididos entre US$ 3,8 bilhões em participação no capital e US$ 2,1 bilhões em operações intercompanhia. O IDP acumulado em 12 meses atingiu US$ 68,2 bilhões, equivalente a 3,19% do PIB.