O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o déficit comercial com a China atinge US$ 1 trilhão e que não aceitará mais “perder esse valor pelo privilégio de comprar lápis”.
Trump disse que só fechará um acordo se o superavit chinês for abordado. A política tarifária já provocou quedas nos mercados globais e temor de recessão.
A China respondeu com tarifas de 34% sobre produtos americanos e anunciou medidas para proteger sua economia.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tem trabalhado com outros poderes para tornar a questão fiscal uma agenda de Estado, defendida independentemente do governo no Planalto. Ele criticou a responsabilidade fiscal como exclusiva do Executivo.
Haddad também destacou que medidas aprovadas antes de sua gestão geraram R$ 200 bilhões em despesas adicionais sem a devida previsão de recursos.
Os juros futuros iniciaram a semana em alta, seguindo uma correção após a queda observada na última semana. No Brasil, investidores aguardam o discurso do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento do Banco Safra, com atenção voltada para a política monetária.
Às 9h20, as taxas do DI com vencimento em 2026 subiram para 14,66%, e as do DI de 2027 avançaram para 13,96%. Nos EUA, a T-note de dez anos registrava alta, passando de 4,240% para 4,282%.
Na quinta-feira (24), os investidores estrangeiros aportaram R$ 882,8 milhões no segmento secundário da B3, impulsionando a alta de 1,79% no Ibovespa.
No entanto, o saldo mensal permanece negativo, com um déficit de R$ 4,9 bilhões, enquanto o saldo do ano continua positivo em R$ 5,8 bilhões, revelou o Valor Econômico.
O dólar à vista e o Ibovespa abriram com pequenas variações nesta segunda-feira (28), refletindo um cenário de cautela nos mercados. O dólar recuava 0,20%, a R$ 5,6705, enquanto o Ibovespa subia 0,10%.
A incerteza em relação à guerra comercial entre Estados Unidos e China continua a impactar o sentimento dos investidores, que aguardam dados econômicos importantes nesta semana.
A confiança da indústria no Brasil registrou leve queda em abril, com o Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuando 0,4 ponto, para 98,0 pontos. A diminuição foi influenciada pela piora na percepção sobre os estoques e a desaceleração das expectativas para contratações nos próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) também caiu, refletindo o aumento no nível dos estoques, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve queda devido ao pessimismo sobre o futuro econômico.