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Chefe de unidade da Secretaria de Saúde do DF, responsável por fiscalizar o Iges-DF, tem cargo no instituto

Foto: Divulgação

A chefe da Unidade Setorial de Correição Administrativa da Secretaria de Saúde do DF, Liane Lourdes Silva de Menezes, que tem como função também investigar possíveis irregularidades no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), também trabalha no órgão que deveria investigar.

A duplicidade de empregos de Liane Lourdes não é ilegal, segundo informou o próprio Iges-DF, mas levanta suspeitas sobre possíveis blindagens ao Iges-DF por parte dos órgãos do Governo do Distrito Federal.

Sendo chefe da unidade de “Correição Administrativa da SES-DF”, a servidora é a responsável por apurar possíveis irregularidades na administração pública da secretaria e do instituto associado. Enquanto isso, porém, a servidora mantém contrato como técnica de enfermagem e possui funções de gestão no Iges-DF.

Procurado pela reportagem, o próprio instituto confirmou a atuação de Menezes como técnica de enfermagem e funcionária do Iges, admitida por meio de processo seletivo, e informou que a servidora “está de acordo com a legislação vigente”, que permite o acúmulo de dois cargos na área da saúde, “desde que haja compatibilidade de horários”.

Morosidade na fiscalização

Como já revelado pelo portal Vero Notícias, os relatórios mais recentes feitos pela Controladoria-Geral do DF sobre o Iges incluem auditorias e inspeções até o ano de 2022, apreciadas em 2023. Atrasado na apreciação das contas do Instituto, a CGDF tem sido alvo de críticas por uma possível blindagem ao órgão.

O local onde Liane Lourdes é chefe, porém, é o responsável por tomar medidas de correição interna na Secretaria de Saúde após apontamentos da Controladoria-Geral.

Com contratos sendo questionados e tendo o Iges sido alvo de investigações por parte do Ministério Público e da Polícia Civil, já chegando a ter um ex-presidente preso, o Instituto voltará a ser alvo de questionamentos, inclusive na Secretaria de Saúde.

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O Governo do Distrito Federal movimentou em 2024 ao menos R$ 17 bilhões por meio de decretos oriundos de receitas decorrentes de superávits apurados durante o ano. A possível manobra fiscal levou deputados distritais a colocarem travas nas ações do Palácio do Buriti na Lei Orçamentária Anual de 2025.

O portal Vero Notícias apurou que os parlamentares locais suspeitam que o Palácio do Buriti esteja mantendo um "caixa paralelo" com recursos que não passam pelo Poder Legislativo e são aportados sem a devida fiscalização do órgão público.

CLDF gastou R$ 600 mil com viagens, inclusive internacionais, para distritais e servidores

Foto: Agência Brasil

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) gastou, entre setembro de 2023 e dezembro de 2024, R$ 613.403,63 com passagens e diárias para viagens de distritais e servidores da Casa legislativa. Entre os destinos visitados pelos parlamentares locais estão os Estados Unidos, a América Central, a Europa e o Japão, além de destinos no território brasileiro.

Segundo obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e informações encontradas no Portal da Transparência, em 2024 foram pagos R$ 319.948,17 em 98 diárias apenas para parlamentares e outras 52 para servidores. Já no ano anterior, foram pagos R$ 58.250,96.

Exclusivo: Marcelo Perboni foi avisado minutos antes de busca e apreensão da polícia em sua residência

Foto: Divulgação CLDF

Documentos exclusivos obtidos pelo portal Vero Notícias, mostram que o empresário Marcelo Perboni foi avisado, minutos antes da polícia cumprir um mandado de busca e apreensão em sua residência, de que viaturas se encontravam na região de onde morava. O aviso, segundo mostram diálogos colhidos pelas autoridades públicas, o levou a deixar o apartamento em que morava às 5h50, apenas seis minutos antes da chegada dos agentes da Polícia Civil, programada para às 5h56. A PCDF não identificou o possível informante.

A fuga temporária ocorreu no dia 17 de fevereiro de 2022, enquanto eram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado por participação em um possível esquema de sonegação fiscal no Distrito Federal. O inquérito policial, contudo, mostra a saída do empresário momentos antes.

Nomeação de defensor como DRDH no Paraná ocorreu sem processo seletivo e sem transparência, afirmam entidades

foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

A recente designação do Defensor Público Federal Nuno Castilho Coimbra da Costa para a função de Defensor Regional de Direitos Humanos (DRDH) no Paraná levantou questionamentos sobre o processo de escolha adotado pela Defensoria Pública-Geral da União (DPGU). A nomeação foi oficializada em 6 de novembro de 2024 por meio da Portaria DPGU nº 1607, sem um processo de transparência adequado.

Em março do ano passado a Defensoria Pública da União (DPU) publicou o Edital nº 86, que previa a seleção de um defensor para o setor no Paraná, mas o único inscrito no certame, o servidor Gilmar Menezes da Silva Junior, não foi nomeado pelo defensor público-geral da União, Leonardo Cardoso de Magalhães.

Agências de publicidade contestam critérios de banca avaliadora em licitação milionária do MEC

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Duas agências de publicidade que participam da polêmica licitação de R$ 140 milhões do Ministério da Educação (MEC) para o controle da publicidade da pasta preparam recursos para contestar a composição da banca avaliadora. No documento, que deverá ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU) nas próximas semanas, as empresas deverão questionar a "falta de experiência na área" dos integrantes que estão avaliando a licitação.

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