O Magazine Luiza registrou queda de 48,57% no valor de suas ações em 2024, negociadas entre R$ 9,11 e R$ 9,31, mas, desde o pico de R$ 27,40 em 2020 (que equivaliam a R$ 270,40 em ações, em comparação ao atual número de papéis disponíveis), as ações acumulam desvalorização de 93,5%, e chagaram a alcançar R$ 1,78 em 2023, passando por um processo de grupamento de ações.
Em termos reais, o valor de mercado da empresa caiu de R$ 175,5 bilhões em 2020 para R$ 6,6 bilhões em 2024, uma perda total de R$ 168,9 bilhões, segundo os próprios resultados divulgados pela empresa.
A queda reflete diversos fatores, como concorrência e altas taxas de juros, que prejudicam o mercado de varejo brasileiro. O cenário desafiador do setor, com margens reduzidas e desaceleração no e-commerce, também impactaram os resultados financeiros da empresa.
Segundo o economista Natale Papa Jr., os dados apresentados refletem uma “real desvalorização do Magazine Luiza”, com uma perda significativa de confiança do mercado. “As oscilações em valor das ações refletem em muito a performance e o nível de faturamento da companhia, ao mesmo tempo em que traz um tom especulativo em relação à estrutura da empresa em si”, explicou.
A assessoria do Magazine reconheceu a “desvalorização do preço da ação nos últimos anos”, mas enfatizou que não se trata de uma “especificidade do Magalu” . “Toda ação sensível a juros teve desvalorização no período, especialmente do varejo. Mas vale ressaltar que na última divulgação de resultados completamos um ano dando lucro, mesmo com juros altos”, disseram.