O presidente da Argentina, Javier Milei, nomeou por decreto dois juízes para a Suprema Corte na terça-feira (25), violando a Constituição, que exige aprovação do Senado. A decisão, tomada durante o recesso do Congresso, provocou críticas, inclusive de aliados como o ex-presidente Mauricio Macri.
Os indicados, Ariel Lijo e Manuel García-Mansilla, já haviam sido propostos por Milei em 2024, mas não foram analisados pelo Senado. O governo justificou a medida alegando que a Casa “optou pelo silêncio”. O decreto prevê que ambos atuem interinamente até o fim do ano.
A Human Rights Watch classificou a ação como um dos ataques mais graves à independência da Suprema Corte desde a redemocratização. A entidade alertou que Milei não pode contornar os mecanismos institucionais para nomear seus candidatos.