Em 2021, Jair Bolsonaro e seus ex-ministros Anderson Torres, Braga Netto e Augusto Heleno sancionaram a lei que define os crimes de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito — os mesmos pelos quais agora são réus no STF. A norma substituiu a antiga Lei de Segurança Nacional e foi usada na denúncia da PGR, aceita pela Corte na semana passada.
A lei prevê penas de 4 a 12 anos para tentativa de golpe. Bolsonaro vetou o trecho que criminalizava fake news eleitorais, e o Congresso manteve o veto. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, destacou que Bolsonaro “conhecia e discutiu” a minuta do golpe.
Durante seu governo, Bolsonaro usou a antiga lei para perseguir opositores. Agora, responde criminalmente com base na nova legislação que ele mesmo sancionou, apontou O GLOBO.