Quatro dias após a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciou o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência para 4 de abril.
O movimento gerou críticas no núcleo bolsonarista, que o considera oportunista e distante da base ideológica do ex-presidente.
Apesar de Caiado tentar se posicionar como alternativa da direita, Bolsonaro tem demonstrado maior simpatia por Ratinho Júnior (PSD) e mantém apoio a Tarcísio de Freitas caso este entre na disputa.
A possível candidatura de Gilberto Kassab (PSD) ao governo de São Paulo em 2026, caso Tarcísio de Freitas dispute a Presidência, gerou desconforto no bolsonarismo.
Jair Bolsonaro reagiu com ironia e aliados avaliam que Kassab tem força política, por controlar o PSD, que cresceu no interior paulista. Apesar de rusgas antigas, Kassab e Bolsonaro se reaproximaram, inclusive em pautas como a anistia.
Pelo menos 12 réus do 8 de janeiro que haviam fechado acordos com a Justiça para encerrar seus processos (ANPPs) tiveram os tratos rescindidos após a Polícia Federal apontar que participaram ativamente da invasão às sedes dos Três Poderes — algo que não constava ou foi omitido nas confissões.
Os novos elementos, como vídeos feitos pelos próprios réus, foram usados pela PGR para justificar a anulação dos acordos, aceitos pelo ministro Alexandre de Moraes.
No terceiro dia de viagem ao Japão, o presidente Lula será recebido pelo primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, com quem deve assinar acordos e falar à imprensa. A agenda inclui ainda jantar oficial com ministros brasileiros e autoridades japonesas.
A visita, que marca o retorno de Lula a compromissos internacionais após pausa médica em 2024, tem como foco ampliar as relações comerciais, discutir clima e multilateralismo e retomar as negociações para um acordo entre o Mercosul e o Japão.
O diretor da PF Ricardo Saadi é o favorito para assumir a presidência do Coaf, órgão de inteligência financeira ligado ao Banco Central. A escolha tem apoio do diretor da PF, Andrei Rodrigues, e agrada outras autoridades, como o ministro da CGU.
Saadi tem forte atuação no combate a crimes financeiros e já integrou o Coaf. A troca deve ocorrer nos próximos dias, com a saída de Ricardo Liáo, que deseja deixar o cargo.
Advogados de investigados na trama golpista estimam que, se condenado, Jair Bolsonaro pode receber entre 25 e 35 anos de prisão.
A projeção se baseia na gravidade das acusações da PGR, que o aponta como líder de uma organização criminosa para impedir a posse de Lula.