A decisão do ministro Luiz Fux, do STF, de revisar o voto no caso da cabeleireira Débora Rodrigues – símbolo dos condenados pelos atos de 8 de janeiro – gerou incômodo entre colegas da Corte.
Até então alinhado ao relator Alexandre de Moraes e conhecido por seu rigor penal, Fux surpreendeu ao pedir “humildade judicial” para rever eventuais “erros”, o que foi lido como sensibilidade à pressão externa.
Dois ministros afirmaram que Fux leva em conta a opinião pública em temas de grande repercussão, como já ocorrera em 2020 ao mudar de posição sobre a reeleição no Congresso. Apesar da divergência, ele avisou Moraes com antecedência sobre o pedido de vista.