Ministros que criticavam Fernando Haddad passaram a elogiá-lo publicamente, como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Preocupado com a crescente pressão sobre Haddad e sem intenção de substituí-lo, Lula orientou seus ministros a defenderem o comando da Fazenda. O presidente deixou claro que não planeja trocar o ministro da Economia.
Com foco da oposição nacional em temas econômicos, vereadores bolsonaristas, em especial os de primeiro mandato, apresentaram 12 dos 17 projetos contra direitos de pessoas trans neste ano.
Os textos propõem proibir participação de trans em esportes, uso de banheiros conforme identidade de gênero e tratamentos de transição para menores. Especialistas veem os projetos como estratégia de sinalização ideológica e uso do “pânico moral”.
Ministros como Haddad, Tebet, Marina, Rui Costa e Alckmin enfrentam barreiras para se projetar como sucessores de Lula, que evita discutir 2026 e concentra decisões.
Mesmo com histórico de ex-presidenciáveis, eles têm atuação limitada no governo. Haddad sofre com rejeição, Marina enfrenta pressões ambientais, Tebet é deixada de fora de decisões orçamentárias, Rui se volta à Bahia e Alckmin atua pontualmente.
Apesar de ideologias opostas, PSOL e Novo têm votado de forma semelhante em temas como regras eleitorais e transparência pública. A coincidência ocorre por terem bancadas pequenas e maior liberdade para posicionamentos ideológicos.
Ambos votaram contra novas regras de emendas parlamentares e medidas que consideram prejudiciais à fiscalização. As motivações, no entanto, são distintas: o PSOL critica políticas de austeridade e defende o investimento social, enquanto o Novo rejeita aumento de gastos públicos.
A ministra Gleisi Hoffmann e o deputado federal Lindbergh Farias, ambos do PT, moveram uma ação por danos morais contra o deputado bolsonarista Gustavo Gayer na Justiça do Distrito Federal.
O processo se refere a comentários considerados abjetos por parte de Gayer, que insinuou, com conotação sexual, que Gleisi teria sido “oferecida” pelo governo a parlamentares.
O presidente Lula tem feito gestos de aproximação com o ministro Edson Fachin, do STF, com quem mantinha distanciamento devido à atuação do magistrado na Lava-Jato.
Estimulada por interlocutores do governo, a reaproximação leva em conta o passado de Fachin ligado à reforma agrária — ele foi procurador-geral do Incra. Nos últimos encontros com ministros do Supremo, Lula passou a manter conversas mais frequentes e cordiais com Fachin.